É difícil estacionar na zona da estação do Oriente. Há poucos lugares livres, e os espaços livres ou tem indicação de proibição de estacionar ou estão reservados a algumas entidades, como é o caso da PSP, o que compreendo, e de uma empresa de aluguer de automóveis, o que estranho, mas enfim. Ainda assim, não é impossível estacionar.
Claro que a falta de civismo e/ou a bestialidade em maior ou menor grau, leva a que haja quem estacione onde muito bem entende. O civismo não se impõe, como mostra a ineficácia das leis. Também não se compra como se vê pela quantidade de bestas que conduzem bons automóveis guiando-os só com uma mão, enquanto empunham na outra o telemóvel topo de gama, e não cuidam de comprar um auricular de 5€. Outro dia falarei disto.
Voltando ao estacionamento naquela zona, percebo que seja difícil mas, não sendo impossível, é-me difícil aceitar que uma escola de condução dê o mau exemplo de estaciona em segunda fila, deixando os carros (são dois) com os quatro piscas ligados:
Na escola onde aprendi a conduzir, aprendi também que estas coisas não se devem fazer, embora já o tivesse aprendido antes em casa e na escola. Se uma escola de condução dá estes maus exemplos sobre o estacionamento, não me dá qualquer garantia de qualidade quanto ao resto do ensino. Até pode ser a melhor escola de todas no resto mas eu já não confio.
Assim, não admira a quantidade de disparates que tanta gente faz todos os dias na estrada.
Numa fracção de segundo em que olhei para o televisor, vi num programa de top’s de músicas a referência a um disco com o título “Best of Tunning”.
Já acho disparatado chamar tunning ao amaricanço dos carros. Tunning é sintonizar, pelo que a tradução correcta do termo devia ser “afinar” o carro. Algumas actividades de tunning dedicam-se a isso, a colocar os carros mais potentes, mas muito do resto que se chama tunning não é mais do que mudar o aspecto aos carros, nada mais. Muda-se a aparência porque é isso que conta. Carros mais largos, pneus mais baixos (logo mais desconfortáveis, mas não interessa), jantes mais cromadas, spoilers a fingir que andam mais depressa, rádios com cores neon que não sei que efeito terão na música, e etc.
Ainda assim, enquanto o tunning é ou não apenas mudança de aparência ou mais de conteúdo, a coisa ainda se atura. Mas um CD com o Best of Tunning será o quê? O som dos melhores escapes? Um V12 a gasolina a 6000 Rpm? "Oiça a travagem do meu cunhado quando ia lançado a 230Km/h na ponte"?
Haver um CD com o Best of Tunning denuncia que, afinal, o tunning já deixou de ser o “afinar” dos carros e passou a ser uma moda que tem uma aparência, um comportamento e uma banda sonora eventualmente adequada a tudo isto. Não está na minha lista de preferências.
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