[ Que interessante novidade...
[ Do ano ou do século, mas ...
A propósito do post Utilidades para a casa, fui procurar DVD rewinders na net. No Google encontrei 48.600 resultados...
Eis alguns, sem qualquer critério de escolha, e uns comentários interessantes, escolhidos ao calhas:
Digital Video Guru: I love gag gifts/useless gadgets as much as the next person, but i cant see myself parting with a beloved Jackson for something so ridiculous. i feel the joke is more on you for buying it than the person you buy it for.
methodshop: If i rewind the B Side of my DVD, the other side rewinds too?
Amazon: Currently unavailable. We don't know when or if this item will be back in stock.
Ervilhas Albinas: "(...) optei pelo topo de gama azul e branco que além de DVDs também rebobina CDs, CD-ROMs e Bolos Rei."
Gostei deste!
E para quem não quiser comprar o aparelho pode fazer aqui o dowload gratuito do CD/DVD Rewinder Pro 1.0, um programa que faz o rewind dos DVD's como anunciado: Rewind your CDs and DVDs with one click!. E já não procuro mais nada!!
Parei o carro antes da passadeira porque se aproximava da passadeira uma senhora atrás da qual vinha uma menina que arrastava a pesada mochila para chegar à escola.
A senhora, estilo Bianca Castafiore do Tintin, mas menos arara e mais mocho mal disposto, nem olhou para a passadeira, nem a usou, nem sequer atravessou a estrada a direito. Foi-se pavoneando obliquamente num andar de perua gorda e anafada. Só quando chegou ao outro lado da rua se dignou a olhar brevemente para trás, para ver se a criança ainda ia atrás dela, bem como a pesada mochila.
Estranho animal, pensei eu. Um andar parvo de perua com a estupidez da avestruz.
Não sei se isto é uma fotomontagem ou não:
Mas acredito que haja quem tenha a coragem para vender, e outros com a estúpidez, ou simples ignorância, para o comprar.
Para quem não percebe, é um rebobinador de DVD's...
Já no ano passado andava pela rádio um anúncio que, na minha tão modesta opinião - e não mais que isso - eu achava estúpido. A época do produto parece ter passado e deixei passar também a oportunidade de o comentar aqui.
Há meses o anúncio voltou... São de uma marca de pneus que não vou identificar. Primeiro por cautela jurídica e não quero levar com um processo de difamação no valor da dívida pública da UE, depois porque não sou especialista em pneus e até posso estar a denegrir um bom produto.Mas o anúncio, caramba, é tão estúpido!!!
É mais ou menos assim: uma rapariga, que diz o nome mas não fixei, diz algo como "Estou apaixonada. Os pneus XYZ unem o design italiano à tecnologia holandesa..." e rebéubéu pardais ao ninho.
Chamo a atenção para o ponto final depois de 'apaixonada'. Eu não sei se o texto original tem ponto ou vírgula. Lembro que é um anúncio de rádio, pelo que as pausas são necessariamente minimalistas. Se for um ponto então não tem de haver necessariamente uma ligação entre o estado amoroso da rapariga e o pneu cujas virtudes ela descreve. Mas também pode ser uma vírgula, e então a descrição do produto - em voz acalorada, sublinhe-se - tem relação e pode ser a causa de paixão.
Esperando não ter razão, eu acho que o que se pretende dizer é mesmo que ela está apaixonada pelo pneu, e que isso até vale a pena porque ele tem design italiano e tecnologia holandesa.
Vamos por partes. (Longo suspiro...)
Ser de tecnologia holandesa diz-me tanto quanto se fosse de tecnologia portuguesa. Faz-se em Portugal tanta coisa retrógada e quase neolítica como se fazem produtos com qualidade mundial e com a melhor tecnologia que hoje existe. A nacionalidade da tecnologia, se isso existe sequer, a mim não pega.
O design italiano é argumento para quase tudo, qualquer dia até para bonbons. Que raio é que um pneu pode ter de design italiano?!? Ser redondo? Ser preto? Andar à roda quando o carro anda?!?!? Talvez se estejam a referir ao piso do pneu, que foi desenhado por estilisas, mas então calma! É que o desenho do piso é um elemento fundamental para a eficiência do pneu. Não basta desenhar sulcos ao calhas, tem de haver formas e dimensões específicas para que o cada pneu, consoante as velocidades a que rode, se agarre sempre à estrada e escoe a água por cima da qual venha a passar. Será que a tecnologia holandesa não chegou ao piso? Será o piso do pneu desenhado apenas para ter estilo?!? Se assim for, também não me convence.
Por fim...
É verdade que não somos a Noruega, que é o país com o melhor índice de vida, mas também não estamos assim tão mal. Temos aqui uma rapariga portuguesa, aparentemente informada, urbana, eventualmente moderna e outras coisas que posso inferir pelo facto de anunciar publicamente o seu nome para um anúncio. Como é que uma moça destas se vai apaixonar por um pneu? Por um pneu?!? Isto está assim tão mal que já há quem se apaixone pelos pneus? Ou está o mercado de trabalho tão mau que até há quem se disponha a dizer disparates sem sentido só para ganhar a vida? Se for isso, ainda percebo. Mas continuo a achar o anúncio estúpido.
Hoje, dia 19 de Junho de 2008, vai ser dito que Portugal joga com a Alemanha. Um pouco por preciosismo, mas sobretudo por teimosia, entendo dever dizer que a selecção de futebol portuguesa joga amanhã com a selecção de futebol alemã. Dá mais trabalho, é certo, mas é o correcto.
Hoje, dia 19 de Junho de 2008, vai ser todo o dia a mesma notícia, em todas as rádios, nas TVs, nos jornais. E fora dos noticiários vão andar os pivots dos programas a dizer disparatada e saloiamente os mesmos disparates, de apoiar a selecção, com piadinhas, cachecóis (indispensáveis em Junho…), bandeirinhas, para não falar das constantes intervenções em directo da Suíça, ou da Áustria, para mostrar o momento exacto em que nada acontece.
Tomara que isto acabe. Não desejo que a selecção perca. Não posso deixar de desejar que chegue o mais longe possível, mesmo a ser campeã. No pior dos cenários há que aturar esta palhaçada até ao fim do mês.
Já não posso com tanta palhaçada de suposto "apoio nacional". Esta fantochada das bandeirinhas nas varandas, nos carros, nos chinelos, nas t-shirts, nos biquinis, nos anúncios de cervejas, viagens, hipermercados e sem lá do quê mais, mas depois acaba depressa. É um nacionalismo bacoco porque a maioria do pessoal que alinha neste folclore não apoia realmente Portugal, apoia os jogadores de futebol da selecção de Portugal. Porque quando o campeonato europeu acabar eles vão arrumar as bandeirinhas, e os chinelos, e as t-shirts, e os biquinis, e a bandeira vai deixar de servir para vender qualquer coisa. Quero apostar que em Agosto, quando começarem os Jogos Olímpicos serão poucos os que andarão de bandeirinha a apoiar os atletas portugueses que forem a Pequim. Eventualmente talvez se alegrem por algum conseguir ganhar alguma coisa.
Por fim, se a selecção de futebol portuguesa perder o jogo de amanhã, e consequentemente ficar eliminada – o que não desejo, repito-o – tenho muita curiosidade para saber como os media irão fazer as suas manchetes. Talvez eu venha a ter algo com que comparar com o que escrevi a propósito do 4º lugar da Naide Gomes…
Numa fracção de segundo em que olhei para o televisor, vi num programa de top’s de músicas a referência a um disco com o título “Best of Tunning”.
Já acho disparatado chamar tunning ao amaricanço dos carros. Tunning é sintonizar, pelo que a tradução correcta do termo devia ser “afinar” o carro. Algumas actividades de tunning dedicam-se a isso, a colocar os carros mais potentes, mas muito do resto que se chama tunning não é mais do que mudar o aspecto aos carros, nada mais. Muda-se a aparência porque é isso que conta. Carros mais largos, pneus mais baixos (logo mais desconfortáveis, mas não interessa), jantes mais cromadas, spoilers a fingir que andam mais depressa, rádios com cores neon que não sei que efeito terão na música, e etc.
Ainda assim, enquanto o tunning é ou não apenas mudança de aparência ou mais de conteúdo, a coisa ainda se atura. Mas um CD com o Best of Tunning será o quê? O som dos melhores escapes? Um V12 a gasolina a 6000 Rpm? "Oiça a travagem do meu cunhado quando ia lançado a 230Km/h na ponte"?
Haver um CD com o Best of Tunning denuncia que, afinal, o tunning já deixou de ser o “afinar” dos carros e passou a ser uma moda que tem uma aparência, um comportamento e uma banda sonora eventualmente adequada a tudo isto. Não está na minha lista de preferências.
Li algures que Ramos Horta propôs - ou vai propor - o nome de Durão Barroso para prémio Nobel da Paz.
Longa reticicência...
O Durão Barroso?!? Aquele que promoveu a reunião nos Açores na qual os EUA, Reino Unido e Espanha combinaram a guerra ao Iraque?
Aquele que, escolhido pelos eleitores portugueses, disse repetidamente a quem o elegeu que o Iraque tinha armas de destruição maciça? As que nunca apareceram a não ser nos desenhos apresentados pelo Colin Powel nas Nações Unidas?
Aquele que disse agora que afinal foi enganado pelas informações que lhe apresentaram, mas que apesar disso o apoio à guerra no Iraque foi bom para Portugal? Será que acha que foi bom para Portugal porque, como sugerido pela Joana Amaral Dias, ele conseguiu o lugar na Comissão Europeia?
É verdade que, apesar de Durão Barroso ter apoiado a guerra no Iraque, enganado mas orgulhoso por isso, há um precedente que o habilita ao Nobel. A Academia atribui o mesmo prémio a Arafat e a Rabin, o que motivou o protesto e demissão de, pelo menos, um dos membros da Academia.
O que terá pensado Ramos Horta para fazer tal proposta? Ele que tantos anos lutou pela independência de Timor-Leste (bem ou mal, com ou sem razão, não interessa agora) não conhecerá outras pessoas ou entidades que mereçam também ou até mais serem reconhecidas pela Academia? O que deverá ele ao Durão Barroso para fazer tal proposta?
Acho que é uma burrice. E isso lembra-me - inevitavelmente - a gaffe que apareceu no site da Casa Branca (salvo erro!) em que o nome do Durão Barroso aparece mal escrito: Durão Burroso. É o que seria esse eventual prémio, uma burrice, um Nobel burroso. Acho eu.
Eu já disse muitas calinadas, algumas, por vergonha não quero lembrar. Tenho por isso telhados de vidro e não devia atirar pedras. Mas atiro...
O que adiante comento são frases que ouvi de pessoas a falar em directo para a televisão. Sendo profissionais do ramo deviam estar preparados para não dizer disparates. Mas se até no melhor pano cai a nódoa, então todos têm o direito de fazer asneira.
Salvaguardado esse direito, e por puro humor, passo a relatar.
Ontem vi alguém da SIC a falar do desfile de hoje para comemorar o aniversário da telvisão. Disse algo como "isto é um desfile a que os lisboetas já se habituaram desde que começámos o ano passado...".
Pois... Ora se "hábito é uma "disposição adquirida pela repetição frequente de um acto" ou "maneira usual de ser", conforme encontro no site da Língua Portuguesa On-Line, então se o desfile é para comemorar o aniversário então é anual (a não ser que contem pelos anos de Mercúrio e celebrem aniversários mercurianos de 80 e tal em 80 e tal dias...). Ora sendo anual e só tendo começado no ano passado, como é que já é um hábito? Onde está a "repetição frequente"?
Hoje, a propósito do mesmo desfile, uma repórter disse do desfile algo como "o início está quase a começar". Esperemos então que o início comece para o resto se lhe seguir. Será que, caso haja algum contratempo, conseguem fazer o resto sem o início?...
O 24 Horas está a oferecer não sei quantos amuletos da sorte, 30, acho eu. O anúncio na rádio começa por dizer algo como "você está com tanta sorte que os amuletos (...) são grátis". Eu estava convencido que a minha sorte era não ler o 24Horas. Ainda mais convencido fiquei quando, pela primeira vez, folheei há dias um exemplar ao fim de horas de tédio numa sala de espera. Entre tiros e facadas nã retive mais nada do conteúdo. Falha minha, certamente. Mas do anúncio assaltam-me algumas perguntas.
Porquê 30 amuletos? Se ficarmos só com 15 teremos metade da sorte? E se comprarmos vários jornais por dia e juntarmos 300 amuletos teremos dez vezes mais sorte? Imagino um dia alguém entrar numa loja esotérica e pedir meio kilo de sorte. O cúmulo seria o vendedor perguntar se o cliente trouxe vasilhame...
Será que há especializações temáticas nos amuletos, ou seja, este é para o Amor, este para o Dinheiro, este para a Sorte, e por aí fora? E se eu não ficar com nenhum amuleto quer dizer que vou ter azar? E se eu não ficar com nenhum amuleto e não tiver nenhum azar isso quer dizer que os amuletos servem para quê?
Enquanto penso nisto e não tenho respostas, deixo passar a oportunidade e não fico com nenhum amuleto. Que azar!
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