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A minha tia Felicidade teria feito anos há dias, demasiados, talvez, para que ainda cá pudesse estar. Para além das recordações que inesperadamente emergem lá do fundo da memória, a ela sempre a recordei, em especial, no seu aniversário.
Morreu inevitavelmente, tal era o seu estado e idade, e por isso não verti lágrimas nesses dias. Era um dado adquirido já assimilado que se havia sedimentado há muito.
Contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que lhe visitei a campa, tal como não visitei outras mais vezes. Não via qualquer ligação entre o cubículo de mármore jacente e a pessoa que conhecera. A ligação entre a matéria e o espírito extinguiu-se na sua morte, pelo que aquilo era um objecto sem significado.
Anos mais tarde, nos entre-tempos de um outro funeral, fui ver a campa num misto de gastar tempo e curiosidade estética sobre o seu estado. Aí, na inestimável companhia que tinha e tenho, chorei. Não de saudade, desgosto ou qualquer outra coisa parecida mas, acho, de alegria. A minha tia Felicidade sempre desejou e tudo fez pela felicidade dos sobrinhos. Ainda que de diferentes formas creio que a atingimos todos. Chorei, por isso pela alegria que ela teria se nos visse, e porque a alegria de que gozamos também lhe é devida pela educação que nos deu. Lamento apenas que não tenha vivido mais para ver tanto.
Por ser parte da minha felicidade, quero hoje em especial recordar mais ainda, a minha tia Felicidade.
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