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Tenho-me contido a comentar as afirmações de altos quadros da Igreja sobre o casamento entre pessoas de diferentes religiões. Já não é só o cardeal patriarca de Lisboa, agora também o cardeal Saraiva Martins, que é um alto quadro do Vaticano, vem afirmar mais ou menos a mesma coisa.
Honestamente não me apetece nada dissertar sobre afirmações que, em minha modesta opinião, são não só disparatadas como desnecessariamente incómodas, e politicamente incorrectas. E são graves, considerando a posição ocupada por quem as proferiu.
Retive-me assim, destilando o veneno que desde logo comecei a segregar quando ouvi os pela primeira vez.
Porém, hoje para aligeirar a coisa, continuando a falar a sério mas mais construtivamente, subcrevo o comentário de Ricardo Araújo Pereira na Visão de hoje em que diz, e cito, "Nunca ninguém me há-de ver casado com um muçulmano. Até porque conheço bem o perigo que corremos quando nos relacionamos com pessoas que interpretam literalmente os textos sagrados, como fazem muitos muçulmanos e o cardeal Saraiva Martins."
Pois é. O cardeal Saraiva Martins é um dos que interpretam os textos sagrados literalmente. Segundo o Público, de dia 18, ele afirmou que "na Bíblia [está] escrito que quando Deus «criou o ser humano, criou o homem e a mulher». «É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja».
Só para não me chatear mais, para não me alongar no que se poderia comparar, em tamanho, a uma tese de doutoramento, eu que não sei teologia como ele que segue o texto literal da Bíblia, gostava de saber em qual texto sagrado está literalmente consagrado o direito a umas pessoas não eleitas de comandarem e condicionarem a forma de organização de vida de outros. E onde está literalmente escrito, e sagradamente definido ad eternum, que essas pessoas que comandam e comentam e condicionam a vida de muitos só podem ser homens. E, já agora, uma última curiosidade: em que texto está literalmente consagrada a excepção para estes indivíduos de se escusarem e obrigarem muitos a se escusar a cumprir a máxima "crescei e multiplicái-vos". E há mais a perguntar, mas não me apetece mesmo nada chatear-me com isto. Pelo menos para já.
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