coisas que me passam pela cabeça, e outras que vão ficando

[ textos recentes

[ Radio Popular e outras qu...

[ Mundo pequeno, ignorância...

[ Facetime para todos?

[ Ronaldo é apresentado hoj...

[ O homem que não existe

[ Sábios conselhos

[ Coisas úteis (?) que se a...

[ We Go ou Nós Vamos?

[ Eusébio no Panteão não. P...

[ Viva la vida loca aos 80!

[ arquivos

[ Novembro 2020

[ Outubro 2020

[ Setembro 2020

[ Julho 2018

[ Março 2016

[ Agosto 2015

[ Junho 2015

[ Março 2015

[ Março 2014

[ Março 2013

[ Fevereiro 2013

[ Julho 2012

[ Maio 2012

[ Outubro 2011

[ Agosto 2011

[ Junho 2011

[ Abril 2011

[ Janeiro 2011

[ Novembro 2010

[ Outubro 2010

[ Setembro 2010

[ Agosto 2010

[ Junho 2010

[ Maio 2010

[ Março 2010

[ Janeiro 2010

[ Dezembro 2009

[ Novembro 2009

[ Outubro 2009

[ Julho 2009

[ Junho 2009

[ Maio 2009

[ Abril 2009

[ Março 2009

[ Fevereiro 2009

[ Janeiro 2009

[ Dezembro 2008

[ Novembro 2008

[ Outubro 2008

[ Setembro 2008

[ Agosto 2008

[ Julho 2008

[ Junho 2008

[ Maio 2008

[ Abril 2008

[ Março 2008

[ Fevereiro 2008

[ Janeiro 2008

[ Dezembro 2007

[ Novembro 2007

[ Outubro 2007

[ Setembro 2007

[ Agosto 2007

[ Julho 2007

[ Junho 2007

[ Maio 2007

[ Abril 2007

[ Março 2007

[ Fevereiro 2007

[ tags

[ todas as tags

Terça-feira, 13 de Janeiro de 2009

O cão do obama

Pensei a começar a escrever isto com "Ontem foi notícia..." mas, de repente, parei. Foi "notícia" ou foi "noticiado"? A dúvida semântica faz mais sentido na minha reticência do que por si só. É notícia o que é noticiado e o que é noticiado é notícia, dizem os diccionários. Mas fica-me a dúvida sobre se o que foi noticiado tem importância só por si, ou se ganhou importância porque foi noticiado. Tendo mais para esta última possibilidade.

 A "notícia" (que a custo me custa assim rotular...) foi a escolha de qual cão adquirir pelo próximo presidente dos Estados Unidos da América. Como tende - dizem! - para escolher um Cão de Água Português incharam-se por aí alguns orgulhos bacocos.

Se estivessemos naquilo a que os jornalistas chamam silly season, o Verão em que quase é preciso inventar notícias, compreendia que uma notícia vazia como esta fosse divulgada. Mas no estado que estamos todos, o país e as suas regiões, a Europa e o Mundo, este tempo gasto a noticiar dúvida sobre para que lado penderá a preferência pela raça do cão não será demais? A isenção e imparcialidade, que supostamente devem orientar a práctica jornalista, não deveriam obrigar a noticiar todas as outras dúvidas e preferências de raças de cães? Considerando o potencial mercado de cães, e já não alargo a extrapolação para todos os outros animais domésticos mais comuns, não há já espaço para um programa de televisão sobre o assunto em horário nobre? Quantas pessoas estarão a pensar ter cães? Que raças preferem? O que comem eles? Que doenças têm? Que cuidados a ter? Podia haver convidados permanentes do programa para comentarem e esclarecerem as dúvidas dos espectadores: "Tenho uma casa numa zona seca e quente, que cão compro?"; "tenho crianças pequenas, qual é o cão ideal para a idade delas?". O mercado potencial para tal programa é imenso. Só em tratadores de cães, veterinários, lojas de animais, empresas de rações, há mercado suficiente para garantir a publicidade e sustentar o programa. Isto, claro, se merecer a pena noticiar que alguém está a pensar comprar um cão e está ainda na dúvida sobre qual a raça ideal. Senão mais vale não noticiar.

Como não acredito que haja bom senso em quem recebeu a notícia e em quem a elegeu para ser noticiada, quase me apetece apostar um osso em como ainda hão-de noticiar o nome escolhido para o bicho.

publicado por coisas minhas às 15:30
link do post | comentar | favorito

[ quem sou

[ pesquisar

 

[ Novembro 2020

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

[ links