Terça-feira, 1 de Abril de 2008
A coisa já cheirava mal. Não a esturro, mas erva mofa, fora de prazo, de ervanária velha. Andavam por aí uns anuncios na rádio, chatos porque repetitivos na essência e na frequência, dizendo "Toma depuralina!". "É um dietético", "É natural". "...um dietético de venda livre".
Para além do anúncio propriamente dito havia ainda a introdução dos pivots da rádio, como se a frase do anuncio fizesse parte do seu discurso natural.
Hoje veio a notícia de que a Direcção-Geral de Saúde suspendeu a comercialização da depuralina. Não me surpreendeu. É fácil nestes meses de pré-férias seduzir quem acredita que pode chegar a Julho/Agosto com corpo de top model, sendo hoje um barril. Diz-se que é "natural" logo é bom. É de "venda livre", logo não é preciso consulta nem receito, portanto sai mais barato (será?). É dietético, logo acaba com os 'pneus'. E ainda o nome, "depuralina", sugerindo uma depuração... só se for da carteira.
Agora alguém veio proibir a venda, e não acredito que seja por não gostar de ver corpos bem feitos nas praias.