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Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

Estranha data esta

Estranha data esta do 29 de Fevereiro. Como se comemora algo ocorrido neste dia? Ou como se recorda? Como se celebra um aniversário? No dia anterior, a 28? Ou só no 1º de Março? E quem tiver algo triste, daquelas coisas que precisam ser recordadas para a ferida ir sarando, como passa os outros anos? Nunca tinha pensado nisto.

Por coincidência de data fui chamado pela newsletter do Ciência Hoje para uma notícia sobre aniversários especiais. É muito giro o texto sobre os aniversários a 29 de Fevereiro.

publicado por coisas minhas às 10:00
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A TSF faz 20 anos!

A TSF faz anos, 20 anos! Mas eu já a oiço há mais que isso. É que os 20 anos são de ‘legalidade’. Antes disso foi uma rádio local, depois uma cadeia nacional de rádios. Lembro-me da última emissão ‘ilegal’, mas não da data. Lembro-me que foi encerrada com uma crónica do Herman José, que acabou exactamente um minuto antes da meia-noite. A partir daí foi o silêncio até à legalização. Não sei quanto durou o silêncio.
Para quem já não se lembra a legalização das rádios deu que falar há 20 anos atrás. Foi feito um concurso para atribuição das frequências. Desde o princípio que o concurso não ‘cheirou’ muito bem, mas lá se fez. Seria aferida a qualidade do projecto e a sua robustez económica, e mais umas coisas, acho eu. Em função da classificação no tal concurso assim seriam atribuídas as licenças de rádio, em decrescendo de potencia de emissão.
Há 20 anos sabem que rádio ganhou o tal concurso? Foi a Rádio Correio da Manhã, uma coisa que havia na altura, depois foi mudando de nome. Foi “Rádio Nostalgia” e depois mudou para “Rádio Clube Português”, apesar de quem promoveu tal coisa argumentar que era o mesmo Rádio Clube de antigamente. O nome era, mas só isso. Passados estes 20 anos já ninguém se lembra da Rádio Correio da Manhã (ou “Correio da Manhã, Rádio”? Já não sei).
A TSF continua. Sempre em qualidade, com informação sobre tudo. Aponto-lhe como negativo o obsessivo destaque permanente, quotidiano, ao futebol, apesar de esse ser, para mim, um mal comum a quase todos os órgãos de comunicação em Portugal. Fora isso toda a informação e programação é muito boa. Os programas de fim-de-semana são excelentes, as grandes reportagens semanais são sintéticas no tempo e profundas no sentido. Os cronistas, colaboradores, repórteres e entrevistadores têm sentido crítico no que dizem e perguntam, virtude rara em Portugal e inexistente em alguns outros órgãos de comunicação.
Parabéns à TSF, e obrigado por ser um bom farol, “ao vivo e a cores”, neste mar de marasmo da informação.
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Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008

Terramoto gay?

Li numa newsletter um título de uma notícia que me chamou a curiosidade para a sua leitura: “Em Israel os gays são os responsáveis pelos tremores de terra”. Antes que digam que é mentira o que li, vão a http://www.voltairenet.org/article155359.html e confirmem.
Segundo a notícia esta afirmação foi feita por um deputado de um partido político, o terceiro maior em representação parlamentar, que já em 2005 havia interpretado o furacão Katrina como um castigo divino infligido aos Estados Unidos. O líder do partido é ministro da Indústria, do Comércio e do Emprego, e também em 2005 declarou que a homossexualidade é uma doença.
Não sei se a homossexualidade é uma doença. Há muitos estudos que procuram relações causa-efeito entre determinadas particularidades tangíveis do ser humano, como os genes, e o comportamento sexual, mas tanto quanto sei ainda não são conclusivos nem sugerem respostas concretas a curto prazo. Não só não se lhe conhece causa patogénica como não se conhece causa alguma, pelo que esta afirmação se torna singularmente curiosa. Ignorando a ciência o que causa a homossexualidade, estes iluminados partem para outra atribuição de responsabilidades, a de que os tremores de terra são causados pelos gays.
Seja-lhes concedido o benefício da dúvida. Seguindo o método científico, devem-se formular todas as hipóteses, mesmo as mais disparatadas, para se chegarem a conclusões fidedignas. Imaginem então, que se descobria que a causa da homossexualidade é a alimentação, mais concretamente a alimentação de crianças com menos de 4 anos com beringelas. Podíamos então estabelecer uma relação causa-efeito entre a beringela e os tremores de terra, a acreditar nestes deputados. O que faríamos então à produção de beringela? O que fariam aos produtores de beringela? Eram presos ? Mortos? Processados? Como não se sabe a causa da homossexualidade, ainda não é desta que podemos banir a beringela.
Não precisando de factos para fundamentar certezas, quem faz estas afirmações não parece reparar ou querer saber que, ainda segundo a mesma notícia, “o vale do rio Jordão, o deserto de Arava e o Mar Morto se encontram na falha sírio-africana, uma das zonas sísmicas mais sensíveis do globo”. Portugal também está perto de várias falhas sísmicas. Se for verdade o que estes deputados defendem, das duas uma: ou em 1755 a população gay de Lisboa era enorme, ou os poucos gays que haveria seriam muuuuuito gays para provocar tal sismo.
publicado por coisas minhas às 22:07
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O escorredouro

Dentro do carro num pequeno engarrafamento de cidade, pára-arranca, à chuva, já anoitecera, e olhei para o lado como se suspirasse. Reparei em algo que, pela distracção dos nossos dias, não via há muito: um escorredouro de águas pluviais, daqueles que vinham por dentro dos prédios e desembocavam rente ao passeio numa saída rectangular de chapa torcida.

Na fracção de segundo em que o meu olhar ali se fixou escorreu com a imagem daquelas águas uma eternidade de memórias. Lembrei-me de onde os conhecia e tudo fui escorrendo enquanto um sorriso se aflorava.

Lembrei-me do passeio da rua da minha avó, aquelas poucas dezenas de metros que me pareciam quilómetros. Os bordos empenados dos passeios que foram pistas de alta velocidade onde ganhei muitas corridas de carrinhos. As portas dos prédios que ora eram barreiras, ora portões de castelos, ora pontes de comando de naves espaciais. As canalizações embutidas nos passeios que tanto foram metas de sprints como fronteiras de territórios de grupinhos de crianças. As caixas de água dos prédios que eram os mais secretos esconderijos imagináveis de coisas que ninguém sonhava, embora hoje perceba que era mais por não interessarem a alguém do que pelo seu valor ou utilidade.

Outras coisas já foram para o mar do esquecimento e não mais as recupero. Outras ainda por mim andam à deriva e não as consigo apanhar por agora, mas não importa.

Um instante depois de ter olhado já não mirava mais, mas a memória ficou avivada. Memórias felizes, lavadas do seu pó por bem ditas águas.

publicado por coisas minhas às 09:15
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

Nuremberga é nazi?!?

Na semana passada houve uma equipa de futebol portuguesa que foi jogar à cidade de Nuremberga. Não sei, nem interessa aqui, qual foi a equipa. Ainda antes do jogo foi logo feita notícia do que ainda não acontecera, como é habitual na nossa televisão.

A reportagem sobre o facto, ainda não ocorrido, começou com imagens de oficiais nazis na segunda guerra mundial. Lembro que a pseudo-notícia era sobre um jogo de futebol em Fevereiro de 2008…

Após os primeiros instantes de incredibilidade, lá descortinei qual o sentido daquelas imagens para ilustrar a pseudo-notícia, e até encontrei alguma lógica. Se a notícia era do que ainda não aconteceu as imagens ou seriam virtuais ou do passado.

Ora Nuremberga que passado tem? Para o responsável pela reportagem Nuremberga é nazi ou, pelo menos, foi nazi. Só isso e nada mais.

O essencial de referência da cidade é que foi um bastião nazi. É verdade, foi o palco dos grandes comícios anuais do partido nacional socialista alemão, e também por isso foi lá que se fizeram os julgamentos dos responsáveis nazis capturados vivos.

Pessoalmente, entendo que reduzir a história de uma cidade a um facto revela uma estreiteza intelectual que, ultrapassando a burrice, raia a estupidez. Eu não conheço Nuremberga, nunca lá estive. Sei do passado nazi mas nunca reduziria o passado da cidade a isso. Tem de certeza mais.

Fui procurar…

Descobri que foi a capital não oficial do Sagrado Império Romano, que foi o centro do Renascimento nos territórios da actual Alemanha, que aceitou a Reforma Protestante em 1525 e que a Paz de Nuremberga, pela qual os Luteranos ganharam importantes concessões, foi lá assinada. Descobri ainda que o primeiro caminho de ferro alemão foi entre Nuremberga e uma cidade vizinha, em 1835, que os primeiros relógios de bolso foram de Nuremberga, que no século XIX se tornou o coração industrial da Baviera, ao ponto de a Siemens ser o maior empregador industrial da região. Na astronomia foram inúmeras as contribuições, bastando referir, como exemplo, que a parte principal do trabalho de Copérnico foi lá publicado, em 1543.

Terá, certamente muito mais para ver, e haverá mais para contar. Mas de certeza que não foi apenas nazi, felizmente!

Talvez haja uma equipa que vá a Paris e a reportagem comece com as imagens de Hitler no Trocadero a olhar para a Torre Eiffel, ou, inversamente, haja uma equipa que venha a Lisboa e ilustre a reportagem com as gravuras do regicídio de 1905, cujo centenário foi há pouco comemorado e está fresco na memória.

Irra!

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publicado por coisas minhas às 21:28
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