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Uma notícia do diário digital no dia 29/06 tinha como título "Kubika poderá ter sido salvo por João Paulo II". Kubika é um piloto polaco de Formula 1 que sofreu um espectacular acidente numa corrida uns dias antes, do qual saiu praticamente ileso. A notícia diz que "Os técnicos da Fórmula 1 não compreendem ainda hoje como Kubika conseguiu sair ileso do acidente".
Há umas boas centenas de técnicos de topo na Formula 1. Não acredito que não haja um único que não compreenda como o piloto saiu ileso, pelo que a generalização da notícia me parece exagerada. A verdade é que o acidente foi assustador, e o piloto sobreviveu apenas com um pé torcido, ou coisa assim.
O essencial da notícia, que vem sintetizado no subtítulo, é que "O Vaticano abriu uma investigação sobre os milagres de João Paulo II e o polaco Robert Kubica poderá testemunhar por ter saído ileso do acidente ". Segundo a notícia "tem o nome do ex-Papa na viseira do seu capacete". A relação estabelecida entre os factos parece ser:
o piloto é polaco; o papa era polaco; o piloto sobreviveu ( e "Os técnicos da Fórmula 1 não compreendem" como), logo deve ter sido intervenção do papa.
Ainda bem que o Kubica saiu ileso. Pena é que não tenham havido mais intervenções metafísicas para evitar outros acidentes. Pedro Hispano (único papa português) devia estar a ver outro canal e não interviu quando o Pedro Lamy se despitou a testar um Formula 1 e partiu os dois joelhos em 94 ou 95.
Desde que a Formula 1 começou em 1950 já houve 45 acidentes mortais, em prova, treinos ou em testes. Desde 1950 já houve 5 papas. De 1950 a 1978 foram todos italianos. Nesse período morreram 4 pilotos italianos. Os nomes, anos e papas do momento eram: Eugenio Castellotti: 1957, Pio XII; Luigi Musso: 1958, Pio XII; Giulio Cabianca: 1961, João XXIII; Lorenzo Bandini: 1967, Paulo VI.
Terão estes três papas falhado ao não intervirem para salvar estes quatro pilotos? Ou será que não podem intervir mesmo? E para além destes quatro porque não interviram em todos os outros milhões que por alguma razão não desejada nem por si provocada morreram durante o seu papado?
Quando da última eleição papal falava-se da possibilidade de eleição de um papa africano. Para quê se não pode acudir aos sudaneses e a tantos outros milhões?
Há um ano que ando a pensar nisto. Em Julho do ano passado ouvi por acaso um pequeno programa de música erudita na Antena 1 de António Cartaxo, salvo erro. Instantes depois dei por mim escutando espantado uma belíssima melodia que eu conheço há muito tempo. Um neurónio sacudiu o pó e dançou ao som daquela memória ali avivada. Havia apenas um pormenor que não batia certo: aquela melodia, como eu a conhecia, não era tocada naquele ritmo nem com aquele instrumento, mas o que eu escutava era lindo. O locutor entretanto falava de um catalão qualquer, julgo eu, que teria composto aquilo no final do sec.XIX.
Sec.XIX?!? Não! Não não não não! Desarrumei uma série de arquivos mentais de melodias, discos, autores e instrumentos à procura do dono daquilo. Desarrumei na memória capas, cassetes, CD's e tudo o mais que encontrei a estorvar o caminho da lembrança. Era outro qualquer, acreditava eu. Entretanto o locutor ia relatando a história daquela melodia e da vida do seu compositor, no final do sec.XIX...
E então...
Bingo! Mike Oldfield! "Étude", daquele LP duplo que tem um pássaro a rasar um espelho de água. É essa música. Mas se estão a dizer que é do catalão... e que aquilo se chama Recuerdos de Alhambra...
Tempos depois fui à procura do tal LP duplo para ler a ficha técnica daquela música e de todo o disco. Sobre o Étude não havia nenhuma referência a outro autor.
Isto ficou-me na memória. Há umas semanas atrás tive um tempinho e fui à procura. Descobri que, de facto, os Recuerdos de Alhambra são uma composição de 1899 de Francisco Tárrega (1852-1909). Andei na net à procura e descobri aquela música (http://www.epdlp.com/clasica.php?id=499). E é mesmo a que eu conhecia.
Fiquei desiludido com o Mike Oldfield. A música que eu pensava ser dele não o era, e isso não era dito no disco. Talvez no site dele (http://www.mikeoldfield.com/) esteja alguma coisa, mas não procurei. Na Wikipédia, na página dedicada a essa música 'Etude (Mike Oldfield)' não há referêcia ao Francisco Tárrega. Vejam em http://en.wikipedia.org/wiki/%C3%89tude_%28Mike_Oldfield%29.
Desiludido com o Mike Oldfield, fiquei curioso sobre o Francisco Tárrega. Sobre ele descobri, por exemplo, que aquele toque de telemóvel que todos os Nokia têm é também do Francisco Tárrega, da sua obra 'Gran Vals', embora a Nokia reclame ser um trademark... Oiçam em http://www.classicalguitarmidi.com/subivic/Tarrega_Gran_Vals.mid
Fica aqui a pauta para quem a souber ler.
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