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Quarta-feira, 28 de Março de 2007

Teatro

Por indisponibilidade minha deixei passar o Dia Mundial do Teatro sem o referir aqui. Gosto de teatro, muito até. Mas sou mais um dos muitos que não se levanta da cadeira para ir ver teatro, que o relega para vigésima-quinta escolha nas opções de ocupação de tempo livre. O Teatro tem, acho, a capacidade de gerar uma solenidade com a proximidade que proporciona ao espectador. Não é uma imagem, é real, 3D, tem ruídos reais, respirações,  hesitações. é verdadeiro, se for bom, claro.

Há uma infinidade de peças que vi passar (como aquele mecânico do anuncio do 2CV há 25 anos, lembram-se?), muitas que despertaram um interesse suficiente para pensar quando e como conseguiria ir, e como seria a peça, qual o desenrolar da história. Há neste momento duas em concreto que muito gostava de ver. Uma no teatro Villaret com o José Pedro Gomes e o António Feio chamada Dois Amores. Outra, o Júlio César se Shakespeare com a sua versão dos Idos de Março. Mas mais haverá que sei que gostaria de ver.

Eu nunca vi uma peça de Shakespeare, confesso-o. Nem de Samuel Becket nem sem lá de quem mais. E envergonho-me disso. De Shakespeare o mais próximo que vi foi As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos pela formidável e insuperável Companhia Teatral do Chiado e encenada por Juvenal Garcez. Juro por tudo (quase tudo...) o que quiserem três! fenomenais! três! actores fazem em 97 minutos TODAS as peças de Shakespeare, com a notável capacidade de fazer o espectador compreender o enredo de todas!. Uma das vezes foi no Teatro-Estúdio Mário Viegas, a pagar, a outra há meses no cine-teatro municipal, pago pela Câmara, e aqui perto.

Também no agora Teatro-Estúdio Mário Viegas tive a oportunidade de ver o Mário Viegas com a sua candidatura presidencial / peça teatral Europa Não, Portugal Nunca. Adorei e não esquecerei. A certeza de que é irrepetível magoa.

publicado por coisas minhas às 22:58
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Segunda-feira, 26 de Março de 2007

o maior

Já se esperava este resultado. A eleição de Salazar como ‘o maior português de sempre’ era esperada desde o início. A sua exclusão inicial – um acto anti-democrático que tão bem encaixa no vencedor – foi o primeiro erro de uma eleição sem sentido que muito ajudou ao resultado final.
É irónico notar que, salvo erro, esta é a única eleição que Salazar ganha por processos democráticos e em Democracia. Votou quem quiz, sem constrangimentos de idade, sexo, crenças, económicos, políticos ou quaisquer outros. Para os seus seguidores talvez seja a centelha que faltava às brasas de reabilitação que vão aquecendo.
Ainda que faça sentido o argumento de que o programa Grandes Portugueses seja apenas de entretenimento, toda a ideia subjacente é, para mim, absurda. Será Camões maior que D. João II? Será Álvaro Cunhal menor que Florbela Espanca? Será António Pinho Vargas melhor que José Cardoso Pires? E entre Alfredo Marceneiro e Manuel de Arriaga quem escolheriam? Por mim eterniza-se a dúvida da preferência entre Bartolomeu de Gusmão ou o Padre António Vieira, entre Almada Negreiros e Cargaleiro bem como entre o Bandarra e Gil Vicente. Adoro a obra de Cutileiro tanto como os sonetos de Camões. Escolher qualquer português ou portuguesa como o maior de todos não faz sentido. Há comparações que, mesmo para passar o tempo, são impossíveis. Aqui grande português só a aplicação do ditado “misturar alhos com bugalhos”.
No entanto é curioso notar que a eleição tenha sido a do maior português. Não foi a do melhor, do pior, do mais bonito, do mais cruel, do mais irónico, do mais artista, do mais liberal, do mais qualquer coisa, simplesmente e apenas do ‘maior’ e daqui salta a dúvida: o que é ser ‘o maior’?
Se calhar, e no fim de contas, Salazar até foi um grande homem porque conseguiu fazer o que fez durante tanto tempo e com tanto controlo. Um homem pequeno não o faria. Sendo português foi, consequentemente, um grande português. Outros houve que também foram grandes homens pelo muito que conseguiram fazer. Hitler, Mussolini, Estaline, Pol Pot e outros que ainda por cá andam, fizeram grandes coisas pelo que, num concurso destes, seriam o maior alemão, italiano, russo e cambodjano. Fará isto deles os maiores da sua terra? Grandes coisas foram feitas, mas em todos estes casos, Salazar incluído, foi maior o prejuízo que os ganhos.
Com exemplos e comparações destas, então se calhar Salazar até foi um grande português mas felizmente não tão grande quanto aqueles, e ainda bem para nós. A sua dimensão, que não graças a ele pode hoje ser livremente idolatrada, deve ser medida tanto pelo que fez como pelo que não fez. Não me assusta, porque não surpreende, que o tenham eleito como o maior português. O que me assusta é o espectro de ignorância que parece alimentar a motivação de o eleger…

publicado por coisas minhas às 22:56
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Sábado, 24 de Março de 2007

Glutões dos PC's

Conheço uma pessoa que para descrever como determinado aparelho electrónico faz alguma coisa customa dizer "...tem um japonês lá dentro que faz isto e aquilo..." ironizando assim com a infinidade de coisas que os produtos electrónicos japoneses fazem. Faço notar que o diz sem o menor indício de xenofobismo.

Ao fim de vários anos a ouvir a frase esta tornou-se recorrente e natural como meio de simplificação da explicação. Sempre acreditei que não era mesmo um japonês, isto é, alguém que estava mesmo dentro do aparelho mas sim um componente electrónico minúsculo 'made in Japan'.

Porém, há pouco na consulta quase diária que costumo fazer ao blog da minha amiga Siri fiquei abalado! Então não é que há mesmo japoneses lá dentro? Aqui dentro deste PC onde escrevo?!? Juro que é verdade!!!

Percebo que a esta altura já me têm por louco (e quem sabe quem sou acaba de concluir que bati bem lá no fundo do poço da loucura). Pois para todos quantos já me imaginam no manicómio deixo aqui este link. Vão a este site (http://www.1-click.jp/) e depois vão dizer que sou eu que ando a ver coisas. Não é por crença na incompetência técnica que os aparelhos têm autocolantes a dizer coisas como "abrir apenas por técnicos especializados", é porque eles podem mesmo saltar lá de dentro!

Digam-me alguma coisa depois, porque cheguei a ficar preocupado comigo próprio. Se estes japoneses existem mesmo, já me estava a ver a correr pela casa a apanhar os Glutões do Presto...

publicado por coisas minhas às 23:17
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Sexta-feira, 23 de Março de 2007

Especial...

Não sei já onde primeiramente tropecei, mas os trambolhões do raciocínio pararam ao fim de várias cambalhotas na lembrança daquelas caixas de palitos que havia, e ainda haverá talvez, em muitos restaurantes, com a inscrição "Fabrico especial para esta casa".

Lembro-me que quando mais jovem aquilo de impressionava. "Especial" uau! Seria necessária muita especialização e dedicação e empenho para fazer palitos apenas para aquela casa, leia-se restaurante. Como o meu universo de restaurantes era muito pequeno, o facto de um ou outro ter palitos especiais bastava-me para fundamentar a crença na veracidade daquela afirmação. À medida que o universo se expandiu (só um pouco, ainda falta muito) começaram naturalmente a rarear aquelas especialidades e a aparecer outras diferentes. Conclusão natural: afinal aquilo não era tudo, e o tudo é muito mais que aquilo.

Será que ainda se fazem aquelas caixas de palitos? Será que aquele marketing ainda funciona? A lógica que o anima é muito simples e usa uma faculdade do raciocínio humano: na ausência de conhecimento qualquer informação adicional e, sobretudo, adjectivada entra facilmente para a nossa hierarquia de valores. A informação será válida até outra se lhe sobrepor por maior autoridade de lógica e/ou prova. Todavia são perigosas todas as informações estruturantes de raciocínio que bloqueiam outras adições de conhecimento, sejam elas quais forem. Acho eu.

música: Reggae
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Quarta-feira, 21 de Março de 2007

Hoje é dia de equinócio

Hoje é dia 21 de Março. Para muitos será o Dia da Árvore, muitos outros dirão que começa a Primavera. Ambas as afirmações são verdadeiras mas tudo porque hoje é dia de equinócio.

O nosso planeta está inclinado em relação ao ‘caminho’ que segue na sua orbita à volta do Sol (tem uma inclinação de 23,45 graus. Esta inclinação é fácil de memorizar, basta lembrar a sequência 1-2-3-4-5, pelo menos foi assim que eu a decorei). Essa inclinação do eixo da Terra, da linha à volta da qual ela gira sobre si própria, está sempre orientada para o mesmo lado. Daí que à medida que a Terra vai girando à volta do Sol a forma como ela está inclinada perante o Sol muda também. No equinócio a Terra continua inclinada, como sempre, mas essa inclinação é transversal ao Sol, pelo que ambos os hemisférios recebem a mesma quantidade e intensidade de luz solar. É isso o equinócio.

Agora pensem em tudo o que devemos ao simples facto de haver estações do ano. Os ciclos das colheitas que há milénios vimos fazendo devem-se ao puro acaso desses 23,45 graus causados algures na história de milhares de milhões de anos que a Terra já tem. E para lá dos ciclos das colheitas, e por causa deles, temos toda uma imensa cultura assente nestes ciclos anuais. Em várias línguas os nomes dos meses têm a sua origem em actos relacionados com o ciclo das colheiras. Os próprios anos são percebidos pela periodicidade da recorrência dos fenómenos: de tanto em tanto tempo, sempre o mesmo tempo, lá vêm as mesmas chuvas, ou mesmo calor, a mesma humidade, o mesmo frio.

Sem aqueles 23,45 graus do acaso não haveria Verão nem Inverno, nem Primavera nem Verão. Entre muitas outras coisas não haveria o formidável concerto das Quatro Estações de Vivaldi. Haveria surtos de gripes? Ou insolações? Teriam existido as mesmas migrações humanas que nestes milénios moldaram a nossa existência? E as andorinhas voltariam? Ou nunca partiriam? Muito provavelmente não haveria Natal, já que esta é uma criação artificial para ocultar a festa pagã do Solstício de Inverno (o oposto do equinócio).

Acho que é bom lembrar estas coisas, e saber. Elas são a causa de muitas coisas mais, e não uma curiosidade de conversa de café. É isto que verdadeiramente comanda a Vida, e não outra coisa qualquer.

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Terça-feira, 20 de Março de 2007

A RTP2 está de volta!

A RTP2 está de volta. Não que alguma vez tivesse desaparecido, mas sabe bem constatar que o bom senso prevaleceu. Na verdade, ainda que tenha mudado o nome para ‘a dois’, na essência e felizmente pouco mudou.
Mas este regresso é mais que uma alteração de nome, como fora aquela. É o regresso a uma tutela da qual não devia ter saído. O Estado (que quer se queira quer não somos nós todos) tem a responsabilidade de providenciar pela elevação cultural e intelectual dos seus membros, devendo, por isso, providenciar informação, entretenimento e aculturação de superior qualidade. Por causa disso, e desde que disso tenho consciência, fui sempre contra a atribuição deste canal à Igreja, mas sobre isto farei outro post.
A ideia de atribuir o ‘segundo canal’ à sociedade civil mostrou-se inconsequente porque, por um lado, ‘sociedade civil’ não é mais que um bonito termo aglutinador de uma realidade demasiado multifacetada para ser agregada, coordenada e reflectida num único projecto. Por outro lado, e infelizmente, a sociedade civil não tem no seu todo a capacidade de gerar e gerir um canal de televisão como este, seja qual for o seu nome, com a responsabiildade que lhe é inerente.
Por fim, este regresso serve para encerrar um projecto de um governo que, se para alguma coisa serviu foi ser mau exemplo. Podemos nem sempre saber o que queremos mas pelo menos ficámos todos, ou quase todos, a saber o que não queremos.

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Quinta-feira, 15 de Março de 2007

Idos de Março

Gosto desta história e por isso a vou contar aqui.

Os “Idos” de um mês era um termo usado no calendário romano. Calhavam no dia 15 de Março, Maio, Julho ou Outubro ou a 13 de qualquer outro mês. Os Idos de Março eram, por isso, o 15 de Março.

Júlio César foi assassinado a 15 de Março do ano 44a.C, portanto há 2051 anos se não considerarmos que com a reforma do calendário implementada pelo papa Gregório XIII em finais do século XVI as datas anteriores a esta implementação deixaram de ter uma correspondência directa. Seja ou não exactamente hoje o aniversário do acontecimento, continuo a lembrar essa efeméride. Não o faço como louvor ao assassinato – a este ou a qualquer outro – mas tão somente pelas curiosidades que se desenvolveram à volta do mesmo.

Segundo Plutarco, uns dias antes do assassinato um vidente terá avisado César: “Cuidado [Cuidai-vos?] com os idos de Março”. A 15 de Março, quando César ia a caminho do Senado, viu o mesmo vidente e terá dito “Bem... os idos de Março chegaram...” implicando que, afinal nada acontecera. O vidente retorquiu “chegaram mas ainda não passaram”. Minutos depois desta breve conversa Júlio César era assassinado pelos conspiradores com 23 golpes de punhal.

Li algures:

  • Que na véspera do seu assassinato, Júlio César jantou em sua casa com amigos e que, por ironia dos acasos que conduzem as conversas, naquela noite conversaram sobre a morte. César era apologista de uma morte rápida, não só porque era um militar, habituado às consequências das guerras, mas porque tinha pavor da dor.
  • Que César tinha alguma vergonha de ser epilético porque se sentia diminuído quando tinha algum ataque.
  • Que, ironicamente Napoleão, por seu lado, orgulhava-se de ser epilético “tal como o mestre” dizia, ie, Júlio César.
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Terça-feira, 13 de Março de 2007

Urano

Faz hoje 226 anos que foi descoberto o planeta Urano, por William Herschel. Foi o primeiro planeta descoberto na era moderna, já que todos os demais são visíveis a olho nu.

É o sétimo planeta do nosso sistema solar (sim há outros...), contando a partir do Sol. É o terceiro maior planeta em diâmetro e o quarto maior em massa. É oito vezes mais largo que a Terra (reparem na simulação aqui à esquerda), e 14 vezes mais maciço (mais "pesado" se assim quiserem). Tem, que se saiba, 27 satélites. E no entanto não conta para a astrologia.

Corpos muito menores, como o planeta Mercúrio, ou muito mais distantes, como as constelações (que, por sua vez, não são mais que aparências), são consideradas nas apreciações astrológicas, mas Urano não. Porquê? E, para lá de Urano, ainda está Neptuno (outro gigante) e depois Plutão, recentemente despromovido a planeta menor e, ainda mais longe, fica Eris o mais recente membro do nosso sistema solar. Aqui mais perto, entre nós e Marte, na cintura de asteróides, anda Ceres, o maior de todos os asteróides. E nenhum deles conta para a astrologia.

Querem acreditar que Mercúrio é mais influente nos nossos destinos que Urano ou Neptuno? Querem acreditar que Ceres nada influencia? Querem ignorar que 70 e tal por cento da matéria do Universo em nada condiciona o comportamento dos outros corpos celestes? Acreditem, mas com fundamentação. Sem fundamentos mais vale acreditar no Pai Natal, na Fada dos Dentes ou nos Glutões do Presto.

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Segunda-feira, 12 de Março de 2007

"Reestruturação temporária"...

Ouvi há pouco no noticiário este disparate: "é uma reestruturação temporária". Foi dita pelo administrador do Pólo de Beja (?) da universiadade Moderna. Pelos vistos um professor pôs a boca no trombone sobre coisas que lá se passam. Boas ou más? Não sei, mas o próprio administrador disse que eram descontentamentos com o processo em curso, ou algo assim. Mas, às tantas, disse mesmo (eu vi e ouvi!) que o processo era uma "reestruturação temporária".

O que é uma reestruturação temporária? O que é temporário está limitado no tempo. Uma reestruturação é uma alteração profunda da estrutura de algo. Então para quê mudar profundamente algo durante pouco tempo? Porque se se muda por pouco tempo é para depois voltar ao anterior, ou para mudar para algo ainda mais diferente.

Parece-me que ou o senhor administrador não sabe o que diz, levando a que nos questionemos se sabe o que faz; ou não disse o que queria dizer mas tendo dito não o pode mudar, quer queira quer não; ou estava simplesmente nervoso e atrapalhou-se na presença das câmaras e dos microfones. Seja qual for a razão, o que está dito é disparate e é por ele que fica, para já, julgada a pessoa e, por extensão, a instituição que serve.

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Sábado, 10 de Março de 2007

Festival da canção

A esta hora já deve ter acabado. Sim, quase de certeza já acabou. Pelo sim e pelo não é melhor nem ir ver. Há um par de horas atrás percebi, a meio de um zaping, que aquilo que via no ecrã era o Festival da Canção. Mudei depressa para outra coisa qualquer, carreguei à toa em botões, volume, setup, teletexto e sei lá que mais, se é que não desliguei logo.

Não vejo o mínimo sentido em se continuar a fazer este Festival. "Mudam-se os tempos, muda-se a vontade, muda-se o ser, muda-se a confiança. Todo o mundo é feito de mudançao tomando sempre novas variedades (...) e já nada muda como soía". Se estas palavras do formidável soneto de Camões mantêm a sua verdade, como é possível que haja pessoas a continuar a querer fazer o Festival da Canção?!?!?

Porque insistem? O festival já não é um nado morto, é menos que um múmia. A sua fundamentação remonta a tempos que já se extinguiram há muito, os do único canal televisivo nacional na maioria, senão na totalidade, dos países participantes. Há quanto tempo as coisas já não são assim?

E para que serve aquilo agora? Serviu, na origem e primeiros tempos, para lançar artistas, mas dos últimos anos ficou algum? E as melodias, alguém sabe trautear um pouco de uma dos últimos dez anos? Dos últimos cinco... talvez?...

À cautela não vou ligar o televisor, não vá aquilo ainda estar na pré-lavagem. Consola-me a quase certeza de saber que, pelo menos, não estará nos resumos de notícias que verei amanhã, e se vir esquecerei tão depressa como um qualquer diálogo da Florimurcha ou dos Morangos Enjoativos.

publicado por coisas minhas às 23:43
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